Eu sou marketing.
Profissão que mesmo antes de trabalhar tinha aptdão e não sabia que este era o nome. A história que vou descrever ocorreu de verdade.
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Estava eu, atuando como mídia social em uma empresa de e-commerce, e tendo como chefe Sr. VilmoMedeiros (Ex-Patolino!). A startup que trabalhávamos, estava continuamente fazendo promoções e exigia de nós muita criação. Criação de tudo, gerenciar soluções o tempo todo.
Não havia facilidade de se ter uma boa idéia e todos reconhecerem, e o nosso chefe Vilmo, toda vez que acreditava ter razão se posicionava com veemência. Um dia, eu, tendo plena certeza que estava certo em meu posicionamento, me impus também com muita crença no que estava afirmando; para minha surpresa, Vilmo me olhou e disse: -Aposto contigo uma parte do teu salário que não funciona. Vamos? – e disse isto já esticando a mão para firmarmos um contrato de cavalheiros, o que na hora me pegou muito de surpresa. Eu engasguei e não insisti para ir adiante, pois ele parecia bemmm mais convicto.
Com o tempo percebi que se minha proposta era correta, porque eu não fui até o fim, não apostei?
Passado um tempo, eis que chegou o momento. Eu sabia que o que estava dizendo, era tão certo que valia apostar. Falei no meio da negociação bem assim: -Eu aposto contigo Vilmo, aposto uma parte do teu salário que tenho razão e isto é certo. Velho Patolino ainda vivia naquele sábio velho que era meu chefe, e com mais convicção ainda ele retrucou se chacoalhando todo e fazendo mil gestos: -Pois eu não quero apostar uma parte do salário, eu quero uma parte do teu corpo, aposta teu braço comigo, pode ser? – Aí, pensei comigo, tá doido, colocou álcool no café, só pode? E ele repetia, ante meu espanto, com cara de muito mal humor: -Vamos? Eu quero teu braço, que tu tire fora e me dê o teu braço se tu tiver errado e eu não. Fechado? – Claro que não! – respondi, dando leve recuada com o corpo para trás.
Mais uma vez, eu tinha perdido.
Em muitas situações que ocorreram, eu me posicionei como observador. Até o dia que eu novamente insisti, mesmo sabendo que poderia ter que apostar um braço para provar que a idéia era boa. Neste dia eu olhei para ele e disse: -Tenho certeza, que desta forma é melhor e dá mais resultado, mas assim, sem esta de apostar um braço, não aposto nada, mas vamos fazer isto porque eu sei que vai dar certo! – Ele achou graça de eu ter lembrado da aposta do braço, isto já tinha se tornado até meme do escritório. A questão é que, aprendi que só devo ir até o fim quando eu for capaz de dar um braço de certeza que estou certo, do contrário, meu posicionamento será sempre mais suave, menos convicto. Aprendi que por mais que eu fosse derrotado, o que vi em mim, foi que não importava se perdia uma, no final eu nunca desistia. Sempre, até hoje (12/08/2011) discutimos idéias e eu já consigo apostar um braço em alguns posicionamentos ou situações.
Aprendi, que certeza, convicção e persistência, são coisas fundamentais na vida profissional. Aprendi com meu chefe!
(Vilmo, se você ler isto e gostar, bem que podia me aumentar o salário, agora, se não curtir, não fui eu quem escreveu isto, foi um hacker que roubou minha senha e invadiu meu blog, mas a polícia federal, junto com o FBI, que eu acionei, já estão na pista do cara, fica tranqüilo que eu já estou resolvendo tudo, eficiência é meu segundo nome!)